As aplicações financeiras em Multimercados/Exterior é uma tendência mundial, pois a estratégia está relacionada a diversificação dos investimentos, portanto à diminuição dos riscos e a maximização dos resultados explica Diretor Financeiro da Fundação Copel, José Carlos Lakoski
Diante de um cenário político e econômico interno instável, os fundos de pensão e as pessoas físicas no Brasil tem buscado novos investimentos para evitar riscos com as aplicações concentradas nos ativos nacionais.
Empregar recursos no Exterior já são práticas amplamente reconhecidas há anos e não param de crescer na maioria dos países por ter na diversificação uma estratégia comprovada para evitar ameaças do mercado interno, vinculada na maioria das vezes a crises internas. Já os investimentos em Multimercados são classes de ativos totalmente consolidadas no Brasil, somente nos últimos 12 meses, estes investimentos cresceram aproximadamente R$ 90 milhões.
Sobre os Investimentos no Exterior, o Diretor Financeiro da Fundação Copel, José Carlos Lakoski cita como exemplo de volatilidade do mercado interno a mais recente paralisação dos caminheiros que afetou fortemente a rentabilidade de alguns ativos. “Quando se tem uma parcela investida em outras economias, que não sofreram com esses eventos internos, os ativos financeiros apresentam desempenho nos resultados bem distintos ajudando a minimizar os impactos gerados nos ativos do mercado financeiro local”. O gestor ressalta ainda que tal processo de diversificação em outras economias diminui consideravelmente os riscos no curto, médio e longo prazo e traz acréscimos expressivos na reserva do participante, pois melhora a relação do risco x retorno.
Embora esta seja uma prática nova na Fundação Copel, não é nenhuma novidade no mercado de investimentos como um todo, onde não só instituições e grandes corporações participam, mas pessoas físicas também contratam de forma segura. “São, inúmeras opções para começar a investir no Exterior, apertando no máximo dois botões nas plataformas eletrônicas disponíveis no mercado”, explica Lakoski.
Segurança
Ao aplicar em um novo mercado, neste caso externo, muitas dúvidas podem surgir, no entanto, Lakoski tranquiliza os participantes. “Esse é um ambiente mais desafiador para os gestores da Fundação Copel, que sempre conquistaram ótimos retornos em aplicações no Brasil. No entanto, o participante pode ficar despreocupado, pois a entidade busca novas alternativas de forma muito gradual e segura e aplicando os atuais processos de seleção de gestores que são bem rigorosos “
Esse movimento gradual prevê que uma pequena parte do Plano Família e do Plano III (10% no Exterior e 10% em Multimercado) sejam utilizados na aplicação. “Os dois somam apenas 3% do total da nossa carteira, que hoje é de aproximadamente R$ 10 bi”. O Diretor Financeiro descreve ainda que essa ação não é algo radical, mas apenas uma pequena mudança de rota a partir da diversificação que, “segundo os nossos estudos técnicos, tem por objetivo maximizar a reserva do participante a médio e longo prazo e diminuir o risco do curto prazo, ligado à volatilidade do mercado nacional”.
Há regras na resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 4661 que estabelecem critérios claros e seguros nesse tipo de investimento para os fundos de pensão. “Hoje é mais seguro escolher o administrador e gestor no exterior do que no Brasil”, pois fora do país esse gestor precisa ter no mínimo 5 anos de histórico de existência, U$$ 5 bilhões em patrimônio e o rating (Notas de Crédito emitidas por agências de classificação de risco sobre a qualidade de crédito) de investimento é mais rigoroso do que o brasileiro.
Adicionalmente, o processo rigoroso aplicado aos investimentos locais, bem como a consolidada metodologia na seleção dos gestores no Brasil, que trouxe ao longo desses anos expressivos resultados financeiros a todos os planos à Entidade, serão também utilizados nas aplicações internacionais.