Os valores das cotas do Planos III (Capitalização – Participantes Ativos) e Família apresentaram ganhos significativos no mês de julho, respectivamente de 2,54% e 2,70%. Estes resultados decorrem da recuperação parcial dos preços dos ativos em aplicações de renda variável (ações) e renda fixa (títulos públicos
federal).
As rentabilidades expressivas observadas no último mês, praticamente reverteram o desempenho negativo das cotas destes planos em maio quando apresentaram queda de aproximadamente 3%.
O Diretor Financeiro da Fundação Copel, José Carlos Lakoski salienta que essas oscilações nos preços dos ativos e, consequentemente, nas cotas no curto prazo são características de anos eleitorais. Neste período, é normal que os preços flutuem em função de pesquisas eleitorais e expectativas dos planos de governos dos presidenciáveis (que podem ser receptivos ou não pelo mercado financeiro).
Por determinação da PREVIC, as cotas destes planos são contabilizadas diariamente e a preços de mercados culminando em variações maiores no curto prazo, comparativamente com outros planos.
Lakoski ressalta que “especificamente em maio, além das incertezas naturais trazidas pelo cenário eleitoral, os ativos financeiros foram fortemente afetados pela crise dos caminhoneiros que atingiu relevantemente a atividade econômica, e amplificou o cenário de risco do País”. Em julho, a recuperação anda tímida da atividade econômica e a diminuição do grau de incertezas possibilitaram a recuperação parcial dos preços dos ativos e das cotas destes planos.
O Diretor reitera que “as estratégias paras estes planos buscam a maximização da reserva do participante no médio e longo prazo e os resultados do Plano III demonstram que esta estratégia é vencedora e bem-sucedida”. Lakoski salienta ainda que este plano, em função do longo período de existência, já formou um `colchão´ seguro e robusto, tendo em vista que os resultados acumulados desde 1998, ultrapassam mais de 1700% de crescimento. Assim, resultados negativos no curto prazo, como aqueles verificados em maio trazem impactos quase imperceptíveis aos valores totais.
O Plano Família (lançado em dezembro do ano passado), ainda está construindo este colchão de conforto, fato que acontecerá naturalmente com o passar dos anos. Nestes momentos de incertezas cotas negativas impactam mais que no Plano III, pois ainda não há valores de ganhos significativos acumulados. Por fim,
Lakoski lembra que embora as cotas deste ano possam oscilar negativamente, a intensidade destas variações será resultado, principalmente, das pesquisas
eleitorais e das expectativas econômicas trazidas pelos programas de governos dos presidenciáveis.