Previdência

Por que alguns ficam ricos?

30 de outubro de 2018

Algumas pessoas ficam ricas enquanto outros, que trabalham tanto ou mais não ficam.

Um menino resolve fazer um barquinho. Escolhe um pedaço de madeira e aos poucos vai esculpindo o barco. Depois de alguns dias pega um pedaço de pano, faz a vela e mesmo sem pintura e acabamentos coloca-o no rio. O menino olha a correnteza levando seu barco que firmemente navega pelo rio até desaparecer de sua vista. Ficou feliz por fazer o barco, mas rapidamente o perdeu.

Um adolescente andando pela beira do rio encontra o barquinho preso nos galhos. Mesmo com dificuldade resgata o barco e o leva para sua casa. Nesse mesmo dia, limpa o barco e cuida dele com muito carinho. Na manhã seguinte, o adolescente compra tintas e pincel, e pinta o barco de branco, azul e vermelho. Olha para o seu feito e alegre corre para a escola. Uma colega gosta tanto do barco que lhe faz uma oferta de R$ 50,00 por ele. Para quem gastou apenas R$ 5,00, ganhar R$ 45,00 é um ótimo negócio então imediatamente vende o barco.

 

Em casa, a menina alegremente mostra para sua mãe o que comprou. A mãe achou o barquinho lindinho, mas diz que jamais daria R$ 50,00 por ele. Triste, ela guarda o barco em seu quarto, mas quando o pai chega, ela conta o que aconteceu. O pai olha o barco e acha muito legal e propõe trocar a vela, o barco recebe um tecido novo, colorido, bonito. A menina abraça o pai e resolve dar um nome ao barco e o batiza de “São Francisco”. Francisco e a filha alegremente colocam o barco na sala, bem exposto.

Uma amiga de sua mãe vem visitá-los e observa o barco. Admirada fala para a família que deseja comprá-lo. A menina responde que não está à venda. A amiga insiste e oferta R$ 100,00 e persuadindo a menina compra o “São Francisco”. Mulher determinada, ela pega um simples barquinho e trabalha para melhorá-lo. Coloca leme, cordas, timão, arruma e enfeita o barco. Leva-o para sua loja de presentes colocando-o em destaque na vitrine. Ao lado do barco, coloca um cartaz dizendo: “Barco encontrado no rio, restaurado por várias pessoas, à venda para pessoas de bom gosto ou colecionadores. Seu nome é “São Francisco” e custa R$ 500,00”.

No dia seguinte, entra na sua loja um senhor, tira do bolso R$ 500,00 e aponta para o barco dizendo: “O São Francisco é meu”. Aposentado e com muita paciência o novo dono passa dias olhando para o barquinho.

Estudando, matutando até que resolve colocar nele um motor com controle remoto. Ficou perfeito, o barquinho agora navega com elegância e é controlado a distância.

No sábado ele leva o barco para passear no lago da cidade. Aos poucos muitas pessoas vão se aproximando e admirando o São Francisco, deslizando suavemente por sobre as águas. Sentado em sua cadeira coloca um cartaz junto a sua mesa com o seguinte texto: “Você pode não ter tempo para fazer um barco. Você pode dizer que não tem dinheiro para comprar um barco para seu filho. Você sempre está correndo e reclamando não ter tempo. Cinco minutos divertindo-se com seu filho valem milhões. Eu ofereço esse divertimento por R$ 5,00”. Alugue por cinco minutos o São

Francisco e veja como é bom navegar”.

 

Feliz da vida o aposentado se diverte alugando o barco, quatro horas por dia e somente de manhã. Você já fez as contas de quanto ele está ganhando?

Qual dessas pessoas você é: menino, adolescente, menina, mãe, pai, amiga ou esse senhor aposentado?

Altemir Farinhas
Palestrante – Especialista em Finanças Comportamentais