Algumas pessoas ficam ricas enquanto outros, que trabalham tanto ou mais não ficam.
Um menino resolve fazer um barquinho. Escolhe um pedaço de madeira e aos poucos vai esculpindo o barco. Depois de alguns dias pega um pedaço de pano, faz a vela e mesmo sem pintura e acabamentos coloca-o no rio. O menino olha a correnteza levando seu barco que firmemente navega pelo rio até desaparecer de sua vista. Ficou feliz por fazer o barco, mas rapidamente o perdeu.
Um adolescente andando pela beira do rio encontra o barquinho preso nos galhos. Mesmo com dificuldade resgata o barco e o leva para sua casa. Nesse mesmo dia, limpa o barco e cuida dele com muito carinho. Na manhã seguinte, o adolescente compra tintas e pincel, e pinta o barco de branco, azul e vermelho. Olha para o seu feito e alegre corre para a escola. Uma colega gosta tanto do barco que lhe faz uma oferta de R$ 50,00 por ele. Para quem gastou apenas R$ 5,00, ganhar R$ 45,00 é um ótimo negócio então imediatamente vende o barco.
Em casa, a menina alegremente mostra para sua mãe o que comprou. A mãe achou o barquinho lindinho, mas diz que jamais daria R$ 50,00 por ele. Triste, ela guarda o barco em seu quarto, mas quando o pai chega, ela conta o que aconteceu. O pai olha o barco e acha muito legal e propõe trocar a vela, o barco recebe um tecido novo, colorido, bonito. A menina abraça o pai e resolve dar um nome ao barco e o batiza de “São Francisco”. Francisco e a filha alegremente colocam o barco na sala, bem exposto.
Uma amiga de sua mãe vem visitá-los e observa o barco. Admirada fala para a família que deseja comprá-lo. A menina responde que não está à venda. A amiga insiste e oferta R$ 100,00 e persuadindo a menina compra o “São Francisco”. Mulher determinada, ela pega um simples barquinho e trabalha para melhorá-lo. Coloca leme, cordas, timão, arruma e enfeita o barco. Leva-o para sua loja de presentes colocando-o em destaque na vitrine. Ao lado do barco, coloca um cartaz dizendo: “Barco encontrado no rio, restaurado por várias pessoas, à venda para pessoas de bom gosto ou colecionadores. Seu nome é “São Francisco” e custa R$ 500,00”.
No dia seguinte, entra na sua loja um senhor, tira do bolso R$ 500,00 e aponta para o barco dizendo: “O São Francisco é meu”. Aposentado e com muita paciência o novo dono passa dias olhando para o barquinho.
Estudando, matutando até que resolve colocar nele um motor com controle remoto. Ficou perfeito, o barquinho agora navega com elegância e é controlado a distância.
No sábado ele leva o barco para passear no lago da cidade. Aos poucos muitas pessoas vão se aproximando e admirando o São Francisco, deslizando suavemente por sobre as águas. Sentado em sua cadeira coloca um cartaz junto a sua mesa com o seguinte texto: “Você pode não ter tempo para fazer um barco. Você pode dizer que não tem dinheiro para comprar um barco para seu filho. Você sempre está correndo e reclamando não ter tempo. Cinco minutos divertindo-se com seu filho valem milhões. Eu ofereço esse divertimento por R$ 5,00”. Alugue por cinco minutos o São
Francisco e veja como é bom navegar”.
Feliz da vida o aposentado se diverte alugando o barco, quatro horas por dia e somente de manhã. Você já fez as contas de quanto ele está ganhando?
Qual dessas pessoas você é: menino, adolescente, menina, mãe, pai, amiga ou esse senhor aposentado?
Altemir Farinhas
Palestrante – Especialista em Finanças Comportamentais